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Descubra agora porque a ciência não recomenda esses medicamentos para prevenir a covid

capa kit covid

foto1O que é?

Kit covid, ou tratamento precoce é como ficou conhecido um coquetel de medicamentos supostamente indicados para tratar e/ou prevenir a covid-19. O Governo Federal defendeu de forma ampla o uso desses medicamentos, acompanhado por algumas secretarias de saúde estaduais e municipais.

Entre os principais remédios indicados para uso estão a ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina.

Nenhum desses medicamentos teve eficácia comprovada em alcançar os resultados pretendidos e podem causar prejuízos à saúde. Conheça agora esses remédios e as consequências do seu uso incorreto.

O que é reposicionamento de fármacos?

O desenvolvimento de um medicamento é algo que demanda tempo e muito estudo. Uma pandemia é um momento em que soluções urgentes são necessárias, portanto não é viável que se espere o desenvolvimento de uma nova droga para que vidas sejam salvas.

Nesse contexto, medicamentos que já existem e passaram por todos os processos de desenvolvimento e aprovação dos órgãos reguladores e comprovaram ser seguros para o uso humano, são cogitados para tratamento da nova enfermidade, o que é chamado de reposicionamento de fármacos, ou uso off label

Os pesquisadores desenvolvem testes para saber se esses medicamentos, que já são usados para outras doenças, podem ser eficazes em outros tratamentos e assim surgiram as pesquisas cogitando o uso dos remédios do chamado kit covid.

foto2Ivermectina, o que é e para que serve?

É um antiparasitário usado para combater vermes, piolhos e parasitas em geral. É um dos medicamentos mais utilizados com a intenção de prevenir a infecção pela covid, porém não há estudos que comprovem essa capacidade do medicamento.

De fato, no início da pandemia um estudo pretendia investigar se a ivermectina teria essa habilidade, o que não foi comprovado e hoje as maiores autoridades sanitárias recomendam que ela não seja usada com o objetivo de prevenir ou tratar a covid. O uso foi desaconselhado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e até mesmo a fabricante do produto, a farmacêutica Merck informou por comunicado a falta de base científica para tratamento ou prevenção da doença com o produto.

O estudo foi feito apenas in vitro, etapa obrigatória antes de se iniciar qualquer estudo in vivo (em seres vivos) e utilizava uma superdose do medicamento (quase 18 vezes da dose terapêutica), o que seria extremamente perigoso em humanos.

Vários estudos comprovaram a ineficácia da ivermectina contra a covid, inclusive o mais recente foi publicado na Revista da Associação Médica Americana (JAMA), uma das mais respeitadas da área no mundo. 

Cloroquina e hidroxicloroquina, o que são?

São medicamentos utilizados no tratamento da malária, lúpus e artrite reumática e também foi cogitada para tratamento da covid. Hoje, sua aplicação nesse caso específico é criticada por entidades nacionais e internacionais, inclusive pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Não foi comprovado que esses medicamentos sejam efetivos no combate à doença, os estudos mostraram que não houve diferença entre pacientes que tomaram e aqueles que não tomaram esses fármacos.

Elas começaram a ser cotadas como possível no tratamento da covid a partir de estudos do médico francês Didier Raoult e sua equipe. Porém, o trabalho mostrava problemas e inconsistências e foi descartado pelo próprio médico, que declarou a inutilidade dos medicamentos.

Azitromicina

É um antibiótico que costuma ser usado para tratar doenças respiratórias (como bronquite e pneumonia) e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) como a gonorreia.

Por ser antibiótico, ataca bactérias, e não vírus, como o coronavírus. Mostrou-se ineficaz no combate à covid, de acordo com estudos, um deles publicado na Lancet, uma das revistas científicas mais respeitadas na Medicina. 

Como é eficaz contra bactérias, poderia funcionar bem para evitar outras infecções que poderiam ser provocadas pela debilidade do organismo acometido pela covid, mas não contra o vírus em si. O uso do medicamento deve ocorrer apenas com indicação médica.

A coordenadora do curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Verde — UninCor Daniela Fernandes de Freitas explica a inclusão do medicamento no kit:

Coordenadora Daniela Farmacia UninCor“A azitromicina foi incorporada como parte do tratamento para a covid-19 devido à experiência prática dos médicos nos tratamentos para gripe e outras doenças virais. Sabe-se que nessa situação, parte da defesa do organismo fica afetada ocasionando coinfecção, que nada mais é do que a infecção simultânea com o vírus da gripe ou pneumococo, o que certamente agravaria o caso. A regra, portanto, seria recorrer aos antibióticos em pacientes com coronavírus somente quando há a suspeita da coinfecção. O ideal seria confirmar com exames laboratoriais a presença da bactéria oportunista, mesmo assim, até o momento, não foi demonstrada nenhuma evidência de seus efeitos nos resultados clínicos em covid-19. Resultados de estudos randomizados não mostraram nenhuma diferença significativa no desfecho primário de mortalidade com o uso da azitromicina”, esclarece.

Segundo Daniela, a possibilidade do uso da azitromicina foi uma esperança, porque é um medicamento considerado seguro e pode ser indicado para crianças, adultos e idosos. Entre as suas vantagens, destaca-se a possibilidade de ser utilizada por menor tempo, mas o uso frequente, em determinada população, pode gerar resistência rapidamente.

Dexametasona

É um corticoide utilizado para aliviar alergias, doenças de pele, asma, entre outras. Em estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, mostrou-se eficaz para tratamento de pacientes acometidos pela covid que necessitem de internação. 

A dexametasona alivia possíveis inflamações causadas pela doença em casos moderados e graves, auxiliando na redução das mortes.

A coordenadora da UninCor explica a ação do fármaco e alerta que ele não serve para prevenir a infecção: “Já a dexametasona é destinada ao tratamento de condições nas quais os efeitos antiinflamatórios e imunossupressores dos corticosteróides são desejados, especialmente para tratamento intensivo durante períodos mais curtos. Assim, este medicamento entra para o tratamento da covid-19 para amenizar a pane inflamatória que se instala em parte dos quadros agravados de covid-19. Vale a pena reforçar que esse corticoide não é um tratamento precoce e nem deve ser usado por todo mundo que se contamina. Os médicos devem avaliar caso a caso e prescrever esse fármaco de acordo com critérios muito bem estabelecidos”, esclarece.

Quais são as consequências do uso incorreto desses medicamentos?

A ivermectina, quando usada incorretamente, pode trazer danos à saúde, e já há relatos de casos e até mortes por hepatite medicamentosa ligada ao uso errado do remédio.

Há também casos de pacientes que utilizaram medicamentos do kit covid que estão na fila de espera aguardando um transplante de fígado, devido a danos irreversíveis causados no órgão pelo uso indiscriminado dos medicamentos, que o sobrecarrega.

Por que as pessoas acreditam que o kit covid funciona?

Estudos têm demonstrado que o kit covid não possui eficácia, pelo contrário tem sido contraindicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e da Europa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Porém, as pessoas têm a sensação de que esses remédios são efetivos porque muitos que utilizam relatam não ter sintomas graves e internação. 

No entanto, isso acontece porque a maioria dos casos de covid tem melhora espontânea, e são poucos os que necessitam de hospitalização. Por isso, tem-se a falsa percepção de que o uso desses medicamentos possam ter auxiliado para que não se chegasse a estados graves.

foto3Medicamentos serão contraindicados em hospitais

O Ministério da Saúde não vai mais indicar o uso dos medicamentos do kit covid para tratamento em hospitais, com exceção de anticoagulantes e corticoides. 

Remédios como ivermectina, cloroquina e hidroxicloroquina serão contraindicados para tratamento de covid-19 em ambiente hospitalar. A mudança surge na semana de início da CPI da covid, que tem como um dos focos investigar a conduta do Governo Federal na indicação de medicamentos sem eficácia comprovada.  Confira aqui o podcast da UninCor que explica o que é uma CPI e fala sobre a CPI da covid.

Formas comprovadas de prevenir a covid

Infelizmente não foi comprovado, até o momento, que medicamentos sejam efetivos na prevenção da doença, mas na ciência as evidências podem ser alteradas, principalmente no caso de uma pandemia de um vírus tão novo, como ainda é o Sars-CoV-2 (novo coronavírus).

Por enquanto, as únicas formas de prevenção da infecção pelo novo coronavírus com comprovação de eficácia são os protocolos de segurança como o uso da máscara, higienização constante das mãos, distanciamento social e a vacinação.

Temos um texto para te ajudar a escolher a melhor máscara para se proteger.

Está com dúvidas?

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